A cidade italiana de Onna, a cerca de dez quilômetros de L’Aquila, foi destruída pelo terremoto da madrugada (22h32, em Brasília) desta segunda-feira (6), e as equipes de resgate demoram a chegar ao local, segundo denunciam pessoas na região.

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Ao todo, já passam de 150 os mortos e são mais de 1.500 os feridos, segundo dados do governo italiano. Em Onna, onde 90% das construções desmoronaram, os jovens que vivem na cidade são os principais voluntários no trabalho de busca por feridos e mortos nos escombros.

“Perdi amigos, parentes, a casa, tudo. Mas chega de olhar ao redor para entender o que aconteceu”, declarou um dos jovens da cidade italiana que se empenha no resgate das vítimas.

“Desde as 4h tivemos somente um pouco d’água, nada para comer”, lamenta por sua vez uma senhora. “Foram os jovens daqui que salvaram algumas vítimas presas nos destroços de suas próprias casas, porque eles sabiam onde encontrá-las”, revelou.

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Uma jovem de Onna criticou a ação da Proteção Civil diante do acidente. “Não fizeram nada além de nos tranquilizar”, comentou. “Nos últimos dias disseram que os abalos não poderiam ser previstos, porém podiam ao menos ter nos avisado o que fazer se acontecessem tremores mais fortes. Ninguém nos disse nada”, lamentou a italiana.

“Não sabemos a quem pedir as coisas, aqui não tem um responsável, estamos abandonados a nós mesmos, as nossas casas não existem mais”, disse a jovem.

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Onna é uma das 26 localidades localizadas próximo a L’Aquila, capital da região de Abruzzo e cidade mais afetada pelo abalo sísmico. Após mais de 12 horas do tremor, continuam as tarefas de buscas e socorro.

Segundo informou o governo italiano, mais de quatro mil homens – entre policiais e bombeiros – foram enviados à região e voluntários das outras regiões italianas viajaram a Abruzzo para auxiliar nas tarefas de resgate e assistência humanitária.