O primeiro-ministro interino da Itália, Mario Monti, afirmou nesta quarta-feira que os mercados reagiriam mais positivamente se os italianos voltassem às urnas do que se um governo que interrompesse as reformas estruturais do país chegasse ao poder. “Se a alternativa for um governo pronto para interromper o caminho europeu da Itália ou de suas reformas, acredito que seria melhor convocar novas eleições”, disse Monti, segundo informações da agência de notícias Ansa.
O impasse político na Itália se intensificou com o resultado das eleições dos dias 24 e 25 de fevereiro. Na votação, o eleitorado dividiu-se entre o ex-comunista Bersani, do Partido Democrático (PD), Silvio Berlusconi, do Povo da Liberdade (PDL, centro-direita), e Beppe Grillo, do Movimento 5 Estrelas (M5S, de linha política indefinida), todos com entre 25% e 31% dos votos.
A incerteza vem aumentando com a vontade expressada por Bersani de formar um governo de minoria, cuja estabilidade seria ameaçada. Nesta quarta-feira, ele anunciou que os oito pontos centrais do programa de sua coalizão de centro-esquerda estarão disponíveis na internet e “abertos ao debate público”.
A primeira sessão da Câmara e do Senado foi confirmada para o dia 15 de março, como previsto antes do resultado inconclusivo das eleições.