O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sancionou ontem uma lei que libera mais de US$ 600 bilhões para financiar o governo do país até março de 2009. No pacote está incluído uma reivindicação antiga das fabricantes de automóveis americanas, que atravessam há tempos uma grave crise financeira: uma garantia de US$ 25 bilhões em empréstimos de baixo custo. A lei havia sido aprovada no sábado pelo Congresso dos Estados Unidos, mas ainda dependia da sanção presidencial.
As montadoras e fornecedoras de autopeças devem usar esses empréstimos para revitalizar fábricas antigas e produzir veículos híbridos e outros modelos eficientes no uso de combustível. Os financiamentos deverão beneficiar principalmente as três grandes fabricantes de Detroit – General Motors (GM), Ford e Chrysler -, que enfrentam dificuldades financeiras e deverão economizar centenas de milhões de dólares tomando empréstimos a taxas abaixo das praticadas pelo mercado.
Ford, General Motors e Chrysler decidiram pedir a ajuda ao governo americano em agosto. A idéia, de acordo com o jornal Wall Street Journal, era conseguir financiamentos a uma taxa de 4,5% ao ano, cerca de um terço do nível de juros que pagam atualmente. O cálculo das fabricantes, segundo o WSJ, era o seguinte: “Tendo visto a forma como Washington se curvou aos pedidos de ajuda feitos por instituições ligadas ao setor de hipotecas e pelos bancos, por que as montadoras também não deveriam tentar?” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
