Quase 300 monitores de 22 países da União Européia estavam a postos nesta segunda-feira (29) para acompanhar a prometida retirada da Rússia, que deve começar na quarta-feira, de grandes partes da Geórgia. As forças russas ocupam posições no território georgiano desde a breve guerra entre as duas nações, em agosto.
Porém, a retirada não encerrará as tensões entre os países nem apaziguará totalmente o Ocidente. A Rússia pretende manter 8 mil soldados nas duas províncias separatistas da Geórgia – a Ossétia do Sul e a Abkházia. Moscou reconheceu a independência das duas regiões, apesar das críticas internacionais.
A Geórgia e seus aliados ocidentais argumentam que a presença das tropas viola o acordo mediado pela União Européia, que prevê a retirada dos dois lados para as posições anteriores ao início do confronto, em 7 de agosto. A Rússia já mantinha tropas de monitoramento nas duas províncias, porém em número menor.
Os observadores da UE, que têm mandato até pelo menos 2009, ficarão em quatro pontos quase permanentemente, entre eles a cidade de Gori, no centro do país, e Poti, cidade portuária no Mar Negro. Não está claro se esses observadores terão algum papel, caso haja violência.
A guerra começou com a invasão de tropas georgianas na capital da Ossétia do Sul. Em seguida, as forças russas reagiram, expulsando os invasores e tomando posições no território da Geórgia.