A atual temporada de chuvas de monção, iniciada no mês passado, continua a fazer vítimas na Ásia. Na China, Índia e no Paquistão a cada dia aumenta o número de mortos por enchentes, deslizamentos e outros desastres, e o total de desabrigados já chega a um milhão de pessoas. As chuvas deste ano já deixaram 233 mortos na China, de acordo com a mídia estatal. Somente na província de Hubei, região central do país, as enchentes e os deslizamentos mataram 30 pessoas nos últimos dias. Nove pessoas permanecem desaparecidas e mais de 50 mil residências foram destruídas. O rio Yangtze, que corta a região, transbordou e inundou extensas áreas. Os prejuízos já chegam a US$ 100 milhões divulgou a agência estatal Nova China.
Na Índia, pelo menos 14 pessoas morreram na última noite, elevando para 140 o total de mortos este ano pelas chuvas de monção, segundo informações da polícia. Sete pessoas, incluindo seis de uma mesma família, morreram em um desabamento em Mohazari, vilarejo perto de Calcutá. Um outro desabamento matou uma pessoa no distrito de Entally, também em Calcutá. Outras seis pessoas morreram afogadas e em deslizamentos de terra nos distritos de Nandurbar e Nashik, no Estado de Maharashtra.
No Paquistão, cerca de um milhão de pessoas estão desabrigadas por causa das enchentes, e agora enfrentam diversas ameaças: desde uma potencial epidemia de cólera até o perigo das cobras venenosas que transitam em meio ao lamaçal. Casos de diarréia e problemas de pele estão cada vez mais freqüentes. Desde o dia 23 do mês passado, 211 pessoas morreram no país por causa das chuvas de monção. Na segunda, o governo pediu ajuda da comunidade internacional para socorrer as vítimas.