A cidade norte-americana de Ferguson, no Missouri, voltou a ser alvo de protestos por conta da morte de Michael Brown, um adolescente negro acusado de roubo em uma loja de conveniência.
Na madrugada de sexta-feira para sábado, cerca de 200 pessoas entraram em conflito no subúrbio de St. Louis. O escritório do governador Jay Nixon tuitou o seguinte: “Longa noite. Obrigado a todos que tentaram parar a violência desnecessária”. O texto também informou que o governador de Missouri irá viajar para Ferguson ainda hoje para conversar com líderes locais.
Pouco antes da meia-noite, alguns manifestantes que faziam parte de uma multidão invadiram e saquearam a loja na qual Brown foi morto em 9 de agosto, informou o capitão Ron Johnson, chefe da Polícia Rodoviária Estadual. Ainda segundo o capitão, alguns manifestantes tentaram impedir os agressores, e cerca de dez pessoas efetivamente conseguiram ajudar a proteger a loja.
Equipes da polícia, armadas com rifles e utilizando trajes específicos contra protestos, bloquearam com carros a rua no centro dos protestos. Mesmo assim, parte dos manifestantes atiraram pedras e outros objetos contra a polícia, disse Johnson, acrescentando que um oficial se feriu. Ainda segundo o capitão, a polícia recuou para aliviar a tensão e não fez nenhuma detenção.
Após dias de protestos, a comunidade local novamente se irritou com o caso após as autoridades terem identificado Darren Wilson, um policial branco, como o responsável pela morte de Brown, de 18 anos. O chefe da polícia de Ferguson, Thomas Jackson, apresentou evidências para acusar Brown de roubar uma caixa de cigarros no valor de US$ 48,99 e agredir um homem durante a fuga.
O vídeo divulgado pela polícia irritou a família de Brown e muitos na comunidade de Ferguson. O advogado da família Daryl Parks reconheceu que o homem aparenta ser Brown, mas ressaltou que isso não justifica a morte. Testemunhas disseram ter visto o adolescente levantar as mãos em sinal de que estava rendido antes de o policial atirar contra ele.
Wilson, apontado como responsável pela morte de Brown, abordou o suspeito porque ele estava andando no meio da rua e bloqueando o trânsito, e então encontrou as evidências do roubo, disse Jackson. O capitão ainda declarou que o policial não tinha nenhuma reclamação contra ele. Fonte: Associated Press.