Um míssil lançado aparentemente de um avião não tripulado dos Estados Unidos atingiu hoje um carro, na região tribal do Paquistão, perto da fronteira afegã, e matou quatro pessoas. A informação foi confirmada por funcionários de inteligência e moradores. O ataque atribuído aos norte-americanos foi o mais recente dos mais de 50 na região desde o ano passado, tendo como alvos líderes da Al-Qaeda e do Taleban. Em agosto, o chefe do Taleban paquistanês foi morto em uma dessas ações.

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O atentado de hoje ocorreu a três quilômetros da cidade de Mir Ali, no Waziristão do Norte. Os funcionários de inteligência que confirmaram as quatro mortes falaram sob condição de anonimato. Ainda não se sabe as identidades das vítimas. As testemunhas Ikramullah Khan e Mohammad Salim disseram que o míssil atingiu um veículo com vidro fumê, no estilo dos geralmente usados pelos membros do Taleban na região.

O Paquistão protesta pelos ataques dos EUA com mísseis, qualificando-os como uma violação da soberania nacional. Segundo o governo local, esse tipo de ato aumenta o apoio aos insurgentes. Washington, porém, não deu sinais de que pretende abandonar esse método. A região montanhosa e instável é usada como abrigo dos militantes e também como base para ataques às forças estrangeiras no Afeganistão.

Ofensiva

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Em maio, o Paquistão lançou uma ofensiva no Vale do Swat, atendendo a pressões do Ocidente. Islamabad afirma ter controlado a maior parte da área, matando mais de 1.800 militantes. Porém ainda há violência esporádica na região. Hoje, o Exército do Paquistão anunciou a captura de 16 supostos militantes em operações no Swat e no distrito vizinho de Dir. Um soldado morreu e outro ficou ferido, segundo um comunicado dos militares. Nas últimas semanas, o Exército informou sobre o aumento do número de insurgentes que se rendem. No entanto, pelo acesso difícil à área, não é possível confirmar esses dados.