Pelo menos 12 supostos militantes morreram hoje no Paquistão após um ataque de mísseis. Aparentemente orquestrado pelos Estados Unidos, o ataque teve como alvo uma instalação antes usada como uma escola religiosa, na região tribal do Waziristão do Norte, segundo autoridades locais. Foi a oitava investida do tipo em duas semanas. As identidades dos mortos não foram divulgadas.

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Pouco depois da ação, emissoras de TV locais, citando fontes não identificadas, chegaram a dizer que o líder do Taleban paquistanês, Hakimullah Mehsud, poderia ter sido morto ou teria deixado o prédio instantes antes. Posteriormente, três funcionários de inteligência e quatro militantes afirmaram que Mehsud está vivo e não havia sido atingido. Não há informações confirmadas se ele esteve no local da explosão.

Quase todos os ataques nos últimos meses ocorreram no Waziristão do Norte, uma parte do cinturão tribal semiautônomo do Paquistão, onde estão sediadas redes militantes que combatem os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão. Alguns dos militantes estariam envolvidos no ataque do fim de dezembro que matou sete funcionários da CIA (a agência de inteligência norte-americana) no leste afegão.

O ataque ocorre no momento em que Richard Holbrooke, enviado especial dos EUA para o Paquistão e Afeganistão, visita o país. Os EUA em geral não discutem a campanha de ataques com mísseis. No passado, funcionários norte-americanos chegaram a qualificar essas ações como uma tática bem-sucedida, que matou vários altos membros da Al-Qaeda e também o então chefe do Taleban no Paquistão, Baitullah Mehsud.

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O governo paquistanês protesta formalmente contra esses ataques, realizados por aviões não tripulados. No entanto, analistas acreditam que haja um acordo informal entre os dois países para que essas ações ocorram.