Rebeldes líbios avisaram hoje que a cidade sitiada de Misrata pode ficar sem comida e água dentro de um mês caso não sejam fornecidas armas capazes de derrotar as forças de Muamar Kadafi. Com o bombardeamento do porto da cidade, há duas semanas, apenas um barco de ajuda por semana é capaz de chegar a Misrata, que está cercada por tropas do governo, segundo um porta-voz do bastião dos rebeldes no leste de Benghazi.

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“Se esse ataque deliberado continuar na área do porto, podemos ficar numa situação ruim em termos de abastecimento com comida ou água”, disse o porta-voz Saddoun el-Misurati à imprensa, acrescentando que os suprimentos atuais durariam mais ou menos um mês.

Misurati disse que autoridades médicas na cidade estimaram o número de pessoas mortas na cidade em 828. Entretanto, mais 200 estão desaparecidas e podem ter morrido também. As armas leves dos rebeldes não são suficientes para combater os tanques e as forças de artilharia que e Kadafi está usando para tentar recapturar a cidade, de acordo com o porta-voz dos rebeldes. “Queremos armas que mudarão o jogo, algo que altere o equilíbrio.”

Diversas vezes os rebeldes pediram armas ao Ocidente, mas até o momento nenhum país concordou oficialmente em fornecê-las. As forças do regime líbio que cercam Misrata intensificaram os ataques na linha do porto neste domingo. Grupos de direitos humanos avaliam que esses ataques podem aumentar o tamanho da atrocidade.

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Uma coalizão internacional começou a atacar forças de Kadafi em 19 de março, sob a exigência das Nações Unidas de que os civis do país fossem protegidos. A Otan assumiu o comando das operações militares na Líbia em 31 de março. As informações são da Dow Jones.