A minoria sérvia no Kosovo não tem direitos básicos quase dez anos após os bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que acabaram com o domínio da Sérvia sobre a região, disse nesta segunda-feira (16) o presidente da Sérvia. Em comunicado, Boris Tadic instou os funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) e da união Europeia (UE) no Kosovo a “estabelecerem o império da lei” e proverem segurança a todos os cidadãos.
O comunicado de Tadic foi emitido logo após o 15º aniversário do começo dos levantes étnicos no Kosovo, quando turbas albanesas atacaram sérvios étnicos e 19 pessoas foram mortas. Tadic disse que ninguém foi punido pela violência. Ele denunciou hoje que os sérvios não têm “segurança, liberdade de movimento, justiça, eletricidade, água, respeito às normas básicas de civilização”.
Também nesta segunda-feira, um grupo de parlamentares da Sérvia foi proibido de entrar no Kosovo e assistir a uma sessão de um comitê parlamentares na ex-província sérvia. O governo da Sérvia condenou a proibição em comunicado. A administração internacional do Kosovo foi estabelecida em 1999, após a Otan ter bombardeado a Sérvia por 78 dias para acabar com a repressão sérvia aos separatistas albaneses. O Kosovo declarou a independência no ano passado, uma declaração que Tadic afirma a Sérvia nunca reconhecerá.