Os ministros da nova coalizão de governo do Reino Unido concordaram em reduzir em 5% seus salários, confirmou o governo britânico hoje, dia da primeira reunião do gabinete. A redução aparentemente busca inibir as críticas aos fortes cortes nos gastos públicos que a nova administração pretende fazer.

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“O gabinete concordou com um corte de 5% para todos os novos ministros”, informou um comunicado do governo do primeiro-ministro David Cameron, que é do Partido Conservador. O texto afirma que Cameron e o vice-premier Nick Clegg, do Partido Liberal Democrata, “enfatizaram seu compromisso para trabalhar juntos” e “mostraram uma forte agenda conjunta”.

Na terça-feira, Cameron encerrou uma dura batalha para tornar-se o primeiro-ministro mais jovem do Reino Unido desde 1812, ao fechar uma coalizão com os liberal-democratas. Em um país acostumado a governos majoritários, é a primeira vez em tempos de paz desde 1930 que há uma coalizão no poder. Apesar disso, houve vários governos de minoria nesse período.

Os conservadores precisam manter as forças políticas unidas, enquanto tentam aprovar medidas agressivas para cortar gastos do setor público. A sigla almeja cortar 6 bilhões de libras (US$ 8,95 bilhões) apenas este ano. O novo governo precisa fazer isso sem prejudicar a frágil recuperação econômica e ainda lidar com outros assuntos, como o descontentamento popular provável caso não haja progressos na impopular guerra no Afeganistão. As informações são da Dow Jones.

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