O ministro de Interior do Líbano, Marwan Charbel, confirmou hoje o nome de membros do Hezbollah acusados de envolvimento no assassinato do ex-primeiro-ministro Rafiq Hariri, em 2005. A investigação do caso é conduzida por um tribunal apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Os nomes dos quatro suspeitos revelados pela imprensa local são os mesmos dos mencionados nos mandados de prisão emitidos pelo Tribunal Especial para o Líbano”, afirmou Charbel.

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Hoje também, o dirigente da etnia drusa Walid Jumblatt, um aliado crucial para o grupo xiita Hezbollah, advertiu que o país corria o risco de uma guerra civil, após o tribunal acusar membros do Hezbollah no caso Hariri. Em entrevista à imprensa, Jumblatt afirmou que a estabilidade é mais importante que a justiça, em uma nação profundamente dividida como o Líbano. O respaldo de Jumblatt é crucial, se as autoridades libanesas pretendem cooperar com o tribunal internacional. O bloco de Jumblatt dá ao Hezbollah uma maioria no Parlamento.

É provável que seja paralisado o esforço dos promotores internacionais que investigam o crime de 2005, quando um caminhão carregado com explosivos matou Hariri e outras 22 pessoas em Beirute. Os promotores emitiram as ordens de prisão ontem contra quatro pessoas, duas delas membros do Hezbollah. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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