O ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, membro do partido conservador Liga Norte, afirmou nesta quinta-feira (16) que "é o momento de intervir com firmeza para evitar que a raiva prevaleça sobre as regras de convivência civil", em referência aos conflitos envolvendo ciganos em Nápoles, sul da Itália.
Maroni destacou a necessidade de evitar que "se repitam episódios de injustificável violência como os que lamentavelmente se verificaram em Nápoles após a horrível tentativa de seqüestro de uma recém-nascida".
Há alguns dias, acampamentos ilegais de ciganos na periferia de Nápoles foram desmantelados, depois do ataque de vizinhos, motivados por uma suposta tentativa de uma cigana de seqüestrar um bebê italiano de seis meses.
"É nossa intenção administrar com ordem e rigor as migrações internas e externas da União Européia para garantir a convivência pacífica, hoje e de amanhã, de todos os povos", acrescentou Maroni.
"Continuar com a atividade de cooperação internacional, promovendo novos acordos bilaterais com os países de onde se originam os fluxos migratórios é outro compromisso meu, que já comecei a colocar em prática nesses primeiros dias", disse o ministro, que já se reuniu com autoridades da Líbia e da Romênia e prosseguirá "com todos os demais países interessados".
Maroni reiterou que o objetivo do governo é "reforçar o aparato de combate a toda forma de criminalidade", lutando contra o crime organizado e contra práticas "que se manifestam com grande agressividade e despertam crescente alerta social, como roubos em casa, violência contra as mulheres e os idosos".
"Os cidadãos pedem ao governo a prevenção do crime através do controle do território", acrescentou.
Em uma operação concluída ontem, a polícia italiana prendeu 383 pessoas em nove regiões do país, sendo 268 estrangeiras, em uma campanha contra o crime e a imigração ilegal. Das prisões, 92 ocorreram por tráfico de drogas, 111 por imigração ilegal e não cumprimento de medidas de expulsão, três por prostituição e 177 por roubos e assaltos.