Convocada para prestar depoimento sobre a falta de medidas para evitar o piquete que impediu a circulação da edição dominical do jornal Clarín, a ministra de Segurança da Argentina, Nilda Garré, não compareceu ontem à Câmara dos Deputados.
Antes do horário marcado, ela concedeu entrevista a uma rádio de Buenos Aires e antecipou que não compareceria à audiência. “É um show armado”, disse a ministra, que reforçou a estratégia da Casa Rosada de classificar o episódio como uma disputa trabalhista de alguns funcionários de uma das empresas do Grupo Clarín.
“É um conflito sindical incrivelmente longo, que está se arrastando há anos, no qual a empresa foi condenada.” O Clarín desmentiu a versão. Para Garré, o método da manifestação “pode ser discutido, mas não pode ser transformado em um ataque à liberdade de imprensa”.
A ministra acusou ainda a Câmara dos Deputados de seguir a estratégia do Grupo Clarín de “se fazer de vítima”. Quanto à intimação da Justiça para explicar o não cumprimento da decisão judicial que garantia a circulação do jornal, ela disse que apresentará sua defesa por escrito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.