Embora seja impossível resgatar os 33 mineiros presos na mina San José antes de três meses, as ofertas de emprego para os homens que estão a 39 dias a 700 metros de profundidade não param de chegar.

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Na cidade de Copiapó, a 50 quilômetros da mina, a ministra do Trabalho Camila Merino inaugurou hoje uma feira laboral com o propósito de encontrar emprego para os mineiros presos e para outras 317 pessoas que trabalhavam direta ou indiretamente no local.

O Ministério abriu na internet a página http://mineros.trabajando.com, na qual 15 empresas, principalmente do setor de mineração, já ofereceram 300 postos de trabalho. Os trabalhos de resgate continuam, mas uma falha em uma das duas máquinas que realiza a perfuração do solo prejudica os esforços de resgate. Uma terceira perfuradora deve começar a funcionar na próxima semana.

A máquina, conhecida como “plano A”, alcançou pouco mais de 230 metros de profundidade, mas o trabalho será interrompido para manutenção quando chegar a 250 metros. A perfuratriz chamada de “plano B” está parada há quatro dias por causa do rompimento do cabeçote, cujas partes metálicas ficaram presas a 268 metros de profundidade.

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O ministro de Mineração, Laurence Golborne, disse hoje que se a quarta tentativa de retirar as peças metálicas fracassar, os tubos serão retirados e a perfuração será iniciada em outro lugar. O problema com a máquina deixou os mineiros em alerta. Eles perceberam o problema porque deixaram de ouvir os constante barulho do aparelho.

Plano D

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A urgência da situação pode se converter em um “plano D”, proposto pelo engenheiro de minas Miguel Fort, que esteve à frente dos trabalhos de resgate nos primeiros dias após o desabamento. Mas a iniciativa foi considerada inviável pelas autoridades.

Ontem à noite, Fort enviou um e-mail a Golborne pedindo autorização para entrar na mina pela área do desabamento e analisar a estabilidade da escavação. Caso o material esteja estável, ele propõe dinamitar o local para alcançar os mineiros. Mas o engenheiro René Aguilar, coordenador do resgate, disse que esta é uma “opção inviável”.