Guantámano – Militares norte-americanos perderam a documentação em vídeo dos interrogatórios do motorista de Osama Bin Laden, Salim Ahmed Hamdan, detido na prisão de Guantánamo, segundo declarou um membro da promotoria pública durante uma audiência no tribunal militar que julga os prisioneiros da "guerra contra o terrorismo".

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Os advogados de Hamdan pediram os registros como prova de seu prolongado isolamento e dos contínuos maus-tratos ao qual foi submetido e que teriam debilitado suas faculdades mentais, comprometendo sua capacidade de se defender das acusações de conspiração e favorecimento ao terrorismo.

A defesa sustenta que entre os documentos perdidos existem alguns que provam que Hamdan foi obrigado a fazer declarações que a acusação teria utilizado como evidência contra ele.

"Todos os registros conhecidos foram divulgados, com exceção daqueles de Guantánamo em 2002", logo após a prisão de Hamdan ocorrida em novembro de 2001. "Não consiguimos encontrá-los", declarou para o tribunal Timothy Stone, membro da acusação.

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O chefe da acusação, o coronel Larry Morris, disse que todos os registros dos interrogatórios de Hamdan foram recebidos há mais de um ano e que nos documentos perdidos em 2002 somente havia informações sobre dieta, higiene e localização do prisioneiro no interior da detenção.

Hamdan, que nasceu em 1970 no Iêmen e confessou ter sido motorista e segurança do líder da Al-Qaida (mas negou qualquer participação nos atentados do 11 de Setembro), foi acusado por conspiração e apoio material ao terrorismo.

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