Os militares da Guiné declararam estado de emergência, após uma tensa eleição presidencial no país. O chefe das Forças Armadas, Nouhou Thiam, leu o decreto com a novidade hoje, na televisão estatal. Segundo ele, o decreto proíbe que civis circulem pelas ruas, mas não dá detalhes.
Thiam ressaltou que apenas os militares e as demais forças de segurança têm garantia irrestrita de movimentação. Segundo o chefe militar, o decreto valerá até que a Suprema Corte declare os resultados finais da eleição de 7 de novembro.
Os magistrados têm oito dias para emitir sua decisão final, desde que os resultados foram divulgados no fim da última segunda-feira. Com isso, a decisão pode ficar para a semana que vem. O candidato presidencial Alpha Conde, da etnia malinke, foi declarado o vencedor no segundo turno. Com isso, porém, muitas pessoas da etnia peul, a mesma do rival dele Cellou Dalein Diallo, começaram a causar distúrbios. Os descontentes queimaram pneus, ergueram barricadas e destruíram casas e negócios em bairros de maioria malinke. As informações são da Associated Press.