Os militantes do Movimento pela Emancipação do Delta do Níger afirmaram que estão pondo fim a suas hostilidades no sul da Nigéria, atendendo aos pedidos de pessoas mais velhas e de políticos da região.
Uma operação militar no último domingo (dia 14) provocou a última onda de violência, causando um raro enfrentamento entre militares e manifestantes, que geralmente evitam o confronto direto. Os manifestantes declararam estado de guerra, que chega ao fim com o anúncio deste domingo (21). “Esperamos que os militares tenham aprendido uma amarga lição. O próximo ataque-surpresa dará início a uma nova guerra no setor petrolífero que será tão acirrada que irá ofuscar os clamores por paz dos mais velhos”, disse o grupo em comunicado.
A unidade militar responsável pela paz na região comemorou com cautela o anúncio. “Se for verdade, eu acho que se trata de uma boa decisão para eles mesmos, para a região e para a comunidade internacional”, disse o porta-voz dos militares, Sagir Musa, a jornalistas.
O movimento surgiu há cerca de três anos, pedindo mais recursos do setor petrolífero para a região sul, onde a matéria-prima (commodity) é extraída. Os manifestantes focaram suas ações principalmente na infra-estrutura petrolífera, tentando aumentar a pressão sobre o governo. Os ataques cortaram a produção de petróleo da Nigéria de 2,5 milhões para cerca de 1,5 milhão de barris por dia. As informações são da Associated Press.