O grupo extremista Estado Islâmico fuzilou e decapitou centenas de moradores da tribo Shueitat, do leste da Síria, nas duas últimas semanas, afirmaram ativistas nesta segunda-feira. Como resposta, aviões de guerra sírios lançaram ataques contra os militantes em uma tentativa de barrar o avanço do grupo, que se aproxima da última base militar ainda controlada pelo Exército do país.
Um ativista baseado na Turquia e que está em contato com pessoas da província disse que o Estado Islâmico matou cerca de 200 membros da tribo. No sábado, o Observatório para Direitos Humanos contou ao menos 700 mortos entre os moradores do vilarejo. O ativista falou sob condição de anonimato por medo de colocar seus familiares sírios em risco.
Jornalistas não têm acesso aos rincões do leste da Síria, sob controle do grupo extremista, e não foi possível verificar a informação do número de mortos. Mas diferenças nas contagens são comuns no caos da guerra civil síria.
Na semana passada, os combatentes do Estado Islâmico suprimiram uma revolta da tribo Shueitat contra o domínio do grupo jihadista no leste da Síria. Os membros da tribo expulsaram os militantes dos vilarejos de Kishkiyeh, Abu Hamam e Granij no começo do mês, antes de o Estado Islâmico lançar uma contraofensiva que matou centenas, dizem ativistas.
“Eles consideraram todos os membros da tribo Shueitat infieis porque se revoltaram contra eles”, afirmou o ativista. “Alguns homens foram levados para os campos e decapitados, enquanto outros levaram tiros na cabeça.”
O Estado Islâmico autoproclamou um califado a seu estilo no território que controla, próximo à fronteira entre o Iraque e a Síria, impondo uma interpretação extremista da lei islâmica. Eles mataram centenas de pessoas em ambos os países nos dois últimos meses. Fonte: Associated Press.