Extremistas do Estado Islâmico mataram pelo menos 50 homens e mulheres da província de Al-Anbar, no Iraque, segundo informaram oficiais neste sábado. Trata-se do caso mais recente de assassinato em massa cometido pelo grupo.
O tiroteio ocorreu na sexta-feira em um vilarejo ao norte da capital da província, Ramadi, segundo informou um vereador de Al-Anbar, Faleh al-Issawi. Militantes acusaram homens e mulheres da tribo Al Bu Nimr de retaliação contra o fato de eles terem sido deslocados de suas casas quando o grupo tomou a região no último mês, disse o vereador.
“Essas mortes estão ocorrendo quase que diariamente agora em áreas sob controle do Estado Islâmico e elas vão continuar a menos que parem o grupo terrorista, disse Issawi.
Uma autoridade do governo de Al-Anbar confirmou o total de mortos. Ele falou sob condição de anonimato porque não tinha autorização para passar informações a jornalistas.
O Estado Islâmico tomou uma grande parte da província em sua movimentação para expandir seu território, que atualmente corresponde a cerca de um terço do Iraque e da Síria. Autoridades no governo iraquiano, assim como na coalizão liderada pelos Estados Unidos contra os extremistas, dizem repetidamente que as tribos do Iraque são chave na luta contra o Estado Islâmico, uma vez há áreas inacessíveis por meio de ataques aéreos ou por forças na terra.
A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) em Bagdá informou neste sábado que pelo menos 1,273 mil iraquianos foram mortos pela violência em outubro, uma elevação na comparação com os 1,119 mil assassinados no mês anterior. O relatório da ONU afirma que, entre os mortos, 856 eram civis e 417 membros eram das forças de segurança iraquianas. Outros 2 mil iraquianos ficaram feridos. Fonte: Dow Jones Newswires.