Milhares de pessoas protestaram neste domingo na Bulgária contra o aumento dos preços da energia, o que gerou choques entre a polícia e os manifestantes que jogavam ovos e tomates em direção a prédios do governo. A violência irrompeu na capital do país, Sófia, quando policiais tiveram dificuldades em manter os manifestantes longe dos edifícios públicos.

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Grande parte da cidade ficou bloqueada por horas. Protestos similares foram realizados em outras cidades e o tráfego em algumas rodovias foi fechado temporariamente.

Os manifestantes acusam o governo de fracassar em melhorar o padrão de vida da população e exigem a expulsão de três distribuidoras de energia estrangeiras que controlam o mercado local: CEZ e Energo-Pro, da República Checa, e EVN, da Áustria. Em janeiro a Albânia revogou a licença da CEZ e anunciou que a distribuição de energia voltaria ao controle estatal, mas especialistas duvidam que o governo búlgaro pode fazer isso em termos legais.

A Bulgária, que se juntou à União Europeia em 2007, é o país mais pobre do bloco, com salário médio mensal de 360 euros (US$ 480) e aposentadoria média de 150 euros (US$ 200). O partido de centro-direita do governo do primeiro-ministro Boiko Borisov, que venceu as eleições parlamentares de 2009, vem perdendo apoio em razão da pior crise econômica no país em uma década. O país fará eleições em julho. As informações são da Associated Press.

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