Dezenas de milhares de pessoas participaram neste domingo de uma manifestação em Sanaa, capital do Iêmen, para protestar contra as mortes de manifestantes ontem e pedir a renúncia do vice-presidente do país, Abed Rabbo Mansour Hadi, por não conseguir levar os assassinos à Justiça. Protestando na frente do escritório de Hadi, os manifestantes o denunciaram como uma “ferramenta nas mãos” do atual presidente, Ali Abdullah Saleh.

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A manifestação foi realizada enquanto Hadi estava reunido com o embaixador do EUA, Gerald Feierstein. Um comunicado do escritório de Hadi afirmou que eles discutiram a crise no Iêmen e o vice-presidente pediu calma.

Hadi está conduzido um governo de transição após Saleh concordar em transferir o poder após meses de protestos e tumultos. De acordo com um plano, apoiado pelos EUA, Saleh recebeu imunidade, enraivecendo muitos de seus oponentes.

O contestado presidente disse a jornalistas ontem que pretende viajar para os EUA nos próximos dias com o objetivo de criar condições para uma prometida transição de poder no país árabe.

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Há mais de três décadas no poder, Saleh já havia prometido em diversas ocasiões, nos últimos meses, permitir o andamento de uma transição no país. O anúncio de ontem, porém, foi feito horas depois de forças de segurança comandadas por um filho e um sobrinho de Saleh terem aberto fogo contra um protesto que reunia mais de 100 mil manifestantes. Pelo menos 13 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na repressão ao protesto de ontem. As informações são da Dow Jones e Associated Press.