Milhares de espanhóis protestam hoje em 57 cidades contra os cortes no Orçamento e as medidas de austeridade adotadas pelo governo para enfrentar a crise econômica causada pelo aumento da dívida pública.
Nos atos em todo o país, os manifestantes pediam um referendo para votar as restrições econômicas. Segundo a organização, cerca de 72 mil pessoas compareceram aos atos apenas na capital Madri.
Os maiores sindicatos espanhóis ameaçaram uma greve geral em novembro caso não haja resposta das autoridades. Em comunicado, cerca de 150 agremiações pediram que o premiê Mariano Rajoy mude de atitude ante os pedidos dos manifestantes.
“Mais crise e desemprego e menos proteção social e serviços públicos compõem uma equação funesta para a maioria das pessoas deste país”.
Os manifestantes disseram que a Espanha passa por uma fraude eleitoral, em referência às medidas de austeridade, que não estavam incluídas no programa do governo que assumiu em 2011.
O ato serviu também para criticar a repressão policial na manifestação ocorrida em 25 de setembro, em que 30 pessoas ficaram feridas e mais de 60 foram presas.
Para eles, o governo considera os protestos “um problema de ordem pública” e age de forma autoritária.
