Centenas de milhares de pessoas marcharam em sete cidades da Alemanha neste sábado para protestar contra os acordos comerciais planejados pela União Europeia com os Estados Unidos e o Canadá. As manifestações são uma mostra do rechaço de boa parte da população às políticas comerciais almejadas por parte dos políticos dos dois lados do Atlântico.

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Manifestantes foram às ruas em Berlim, Hamburgo, Colônia, Frankfurt, Leipzig, Stuttgart e Munique para criticar os pactos propostos. Segundo eles, trata-se de medidas antidemocráticas e que ameaçam padrões nos setores de alimentos, meio ambiente e segurança trabalhista. Os organizadores disseram que cerca de 320 mil pessoas participaram, mas a polícia citou números menores.

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Os protestos ocorrem dias antes o Partido Social Democrático, de centro-esquerda, liderado pelo vice-chanceler Sigmar Gabriel, se reunir em Wolfsburg para discutir sua posição sobre o acordo comercial e econômico discutido entre a UE e o Canadá. Gabriel defende o acordo com os canadenses, que segundo ele tornaria o comércio mais fácil, com a redução de padrões ambientais e trabalhistas. Um dos responsáveis por organizar o protesto, Jörg Haas, da Campact, disse que os políticos devem ouvir a população e não simplesmente levar as negociações adiante.

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Também estava em foco as negociações entre os EUA e a UE de um acordo comercial e de parceria de investimentos. Caso fechado, esse acordo resultaria na maior zona de livre comércio do mundo. O presidente dos EUA, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, defendem a iniciativa e os governos já disseram que desejam concluir as negociações antes de Obama deixar o posto, em janeiro.

Os críticos afirmam que os acordos achatariam salários, ameaçariam proteções regulatórias e minariam a identidade nacional. Candidatos à presidência dos EUA mostraram-se céticos quanto às iniciativas e os políticos europeus sofrem pressão por seu apoio às negociações antes de importantes eleições no próximo ano no continente. Fonte: Dow Jones Newswires.