Milhares manifestam apoio a Berlusconi na Itália

Milhares de apoiadores do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi participaram de uma manifestação neste sábado, 11, na cidade de Brescia, para protestar contra a decisão de um tribunal de Milão, que esta semana confirmou uma sentença de quatro anos de prisão para o político.

A manifestação atraiu também críticos de Berlusconi, que gritavam palavras de ordem como “cadeia! cadeia!”, enquanto os apoiadores carregavam cartazes elogiando o ex-premiê. A polícia teve de intervir para evitar um confronto.

Na última quarta-feira, os juízes da Segunda Corte de Apelação de Milão confirmaram a sentença de quatro anos de prisão para Berlusconi, que é acusado de fraude fiscal no processo da compra de direitos de transmissão para seu conglomerado de televisão Mediaset. Ele também foi banido da vida pública por cinco anos e terá de pagar uma multa de 10 milhões de euros, juntamente com outros três réus no processo.

A sentença ainda precisa ser confirmada pelo Tribunal de Cassação e pelo Senado. Mesmo que isso ocorra, Berlusconi não deve ir para a prisão. Uma lei de 2006 reduz certos tipos de condenação a no máximo um ano de prisão e, sob a legislação italiana, qualquer pessoa com mais de 70 anos não precisa cumprir sentenças inferiores a quatro anos na cadeia. Em vez disso, Berlusconi, de 72 anos, pode ficar sob prisão domiciliar.

Berlusconi, atualmente é deputado, disse que vai apelar da decisão e agradeceu os apoiadores. “Obrigado, obrigado!”, disse ele, sufocado por vaias e aplausos. Mariastella Gelmini, que atuou como ministra durante o governo de Berlusconi, disse que o povo está protestando contra “o uso político do Poder Judiciário”.

Nos próximos dias deve acontecer outro julgamento de Berlusconi, no qual ele é acusado de ter relações sexuais com uma marroquina menor de idade. Em uma entrevista para um dos seus canais de televisão, que deve ser divulgada da noite deste domingo, Berlusconi insiste que os jantares que realizava na sua casa eram uma forma inocente de entretenimento, e não o “bunga bunga” sexual descrito pelos promotores. As informações são da Associated Press.

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