Milhares fazem greve contra política econômica na Itália

Uma greve geral contra a política econômica do governo italiano paralisou o transporte, escolas, escritórios públicos e o sistema ferroviário hoje, com a adesão de centenas de milhares de trabalhadores que fizeram manifestações em Roma, Milão, Turim, Nápoles, Gênova e Florença. De acordo com informações da Agência Ansa, muitas agências bancárias foram fechadas em Roma e Milão. A Alitalia, maior empresa aérea, remarcou vários voos internacionais e voos com destinos locais e europeus foram cancelados. Em Roma, estudantes bloquearam os trilhos da estação ferroviária Termini. Em Gênova, quatro manifestantes e um policial ficaram feridos após um confronto perto da estação Principe di Gênova.

A greve geral de 24 horas foi convocada pela Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL, na sigla em italiano). Os trabalhadores reclamam do sistema fiscal do país, o qual afirmam penaliza os assalariados, da falta de empregos formais para os jovens e também da falta de investimentos na criação de empregos. Os líderes sindicais afirmam que o governo fracassou em tomar medidas para melhorar o padrão de vida da classe trabalhadora e da classe média. Os líderes sindicais afirmam que, sem trabalho, muitos jovens formados continuam a viver com os pais e não encontram futuro na Itália.

“Sem dar aos nossos jovens uma idade adulta, este país não tem nenhuma perspectiva para o futuro”, disse Susanna Camusso, secretária-geral da CGIL, durante a manifestação em Nápoles, que reuniu milhares de pessoas. Segundo ela, é urgente que o governo faça a reforma fiscal para que o peso dos impostos seja retirado dos salários e seja maior sobre os ganhos de capital, heranças e grandes patrimônios.

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