Uma manifestação de oposição e pesar, protegida por um incomparável nível de segurança, vai homenagear neste domingo as 17 vítimas dos três dias de derramamento de sangue em Paris, que deixou a França em alerta para a possibilidade de mais violência.
Entre os centenas de milhares de participantes esperados para este domingo estão líderes de diversas partes do mundo, incluindo o primeiro-ministro israelense e o presidente palestino.
“Somos todos Charlie, somos todos policiais, somos todos judeus franceses”, disse o primeiro-ministro francês Manuel Valls, antes da manifestação, referindo-se às vítimas, incluindo os funcionários do jornal Charlie Hebdo, os clientes de um
supermercado kosher e dois policiais.
“Eu espero que no final todos estejamos unidos, todos: muçulmanos, judeus, cristãos, budistas”, disse Zakaria Moumni, que estava na Republique, praça no centro de Paris, ponto de encontro da manifestação. “Todos somos humanos, antes de tudo. E ninguém merece ser assassinado daquela forma, ninguém.”
Os ataques terroristas da última semana foram os mais mortais em décadas na França e o país permanece em alerta máximo, enquanto os investigadores analisam se os agressores faziam realmente parte de uma rede extremista maior.
Mais de 2.000 policiais foram mobilizados para proteger a multidão, além de outras dezenas de milhares que protegem sinagogas, mesquitas, escolas e outros locais por todo o País.
Fonte: Associated Press