Mais de 100 mil pessoas protestaram nas ruas da capital da Etiópia nesta quarta-feira contra a morte de um grupo de cristãos etíopes que tentavam imigrar para a Europa. A manifestação, que eventualmente gerou confronto com a polícia, também criticava a incapacidade do governo de elevar os padrões de vida dos mais pobres.

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“Queremos vingança pelo sangue de nossos filhos”, diziam alguns manifestantes, se referindo aos imigrantes que foram decapitados pelo grupo extremista Estado Islâmico quando estavam no Líbano, tentando chegar à Europa.

Ahaza Kassaye, mãe de uma das vítimas identificada como Eyasu Yikunoamlak, disse à Associated Press que estava impressionada pela quantidade de pessoas que apareceram à demonstração.

“Eu estou feliz agora. Antes, eu apenas lamentava a morte de meu filho com meus parentes e vizinhos. Nunca esperei que isso pudesse acontecer”, disse.

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De acordo com o primeiro-ministro Hailemariam Desalegn, embora a pobreza seja a causa da imigração, pessoas que se oferecem para fazer a travessia são os verdadeiros culpados porque encorajam a “jornada da morte”.

Parlamentares debateram ontem sobre a possibilidade de responsabilizar o Estado Islâmico pelas mortes. No entanto, não se sabe se o fato pode gerar uma resposta militar aos extremistas. Fonte: Associated Press.

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