O governo de facto de Honduras deu um ultimato ao Brasil para que defina, em 10 dias, a situação do presidente deposto, Manuel Zelaya, refugiado na embaixada brasileira desde que retornou ao país. Em um comunicado emitido na noite de ontem, o governo que está no poder desde o golpe de 28 de junho afirmou que tomará “medidas adicionais” caso o Brasil não defina o status de Zelaya, sem especificar, no entanto, que medidas seriam essas.
Também no comunicado, os golpistas pedem ao Brasil que “garanta que Zelaya pare de usar a proteção oferecida pela missão diplomática para instigar a violência em Honduras”. Atos de protesto nas proximidades da embaixada em Tegucigalpa, a capital hondurenha, deixaram pelo menos dois mortos nos últimos dias. Brasil e outros países reconhecem Zelaya como presidente legítimo de Honduras.