México vai às urnas em eleição marcada por violência

Eleitores de mais de uma dezena de Estados mexicanos foram às urnas neste domingo, em eleições regionais, depois de uma campanha marcada por assassinatos e escândalos que mostraram o poder dos cartéis da droga. O Partido Revolucionário Institucional (PRI) espera capitalizar as frustrações relacionadas ao derramamento de sangue e ganhar força em sua tentativa de reconquistar a presidência daqui a dois anos.

As eleições para 12 governadores, além de prefeitos e 14 legislaturas estaduais representam o maior desafio político já enfrentado pelo governo do presidente Felipe Calderón, do conservador Partido de Ação Nacional, que está usando tropas e a polícia federal para recuperar territórios dos traficantes de drogas. Representantes do Partido de Calderón insinuam que o PRI protege traficantes em

Tamaulipas, um Estado de criadores de gado e poços de petróleo fronteiriço com o Texas. O PRI tem forte presença na região.

O candidato do PRI ao governo do Estado, Rodolfo Torre, foi assassinado na última segunda-feira junto com quatro correligionários em emboscada contra sua caravana de campanha. Um dia antes, ele havia prometido fazer da segurança uma prioridade, e seus apoiadores dizem que isso teria provocado sua morte. O PRI escolheu seu irmão, Egidio Torres, para disputar o pleito. Torres foi votar hoje numa escola primária vestindo um colete à prova de balas e escoltado por policiais federais fortemente armados em dois caminhões.

O comparecimento às urnas era baixo em Tamaulipas. Dezenas de pessoas que iriam trabalhar nas eleições desistiram na última semana, por medo de aparecerem nos locais de votação. Isso pode favorecer o PRI, que governa o Estado há décadas e sai-se melhor que os outros partidos na mobilização de eleitores. As informações são da Associated Press.

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