O presidente do México, Felipe Calderón, defendeu hoje a participação das Forças Armadas na luta contra o crime organizado e advertiu que elas serão mantidas nas ruas até que seja realizada uma depuração da polícia.
Dias depois de um grupo de especialistas das Organizações das Nações Unidas (ONU) em pessoas desaparecidas ter recomendado a retirada, no curto prazo, das forças militares das operações de segurança pública, o presidente assegurou que o apoio dos fuzileiros navais e soldados é “temporário e secundário”, enquanto as autoridades locais profissionalizam suas polícias.
“No dia em que contarmos com 32 corporações policiais profissionais, honestas, capazes e confiáveis, teremos dado o passo mais importante no país para chegarmos ao México seguro que todos queremos e nossos soldados e fuzileiros navais poderão regressar a seus trabalhos tradicionais e cotidianos”, disse Calderón.
Desde que assumiu a presidência, em dezembro de 2006, Calderón lançou uma ofensiva contra o narcotráfico, caracterizada principalmente pelo uso de milhares de militares. Cerca de 45 mil soldados realizam patrulhas diárias e operacionais em várias partes do país afetadas pelo crime organizado. As informações são da Associated Press.