Mexicanos mortos em ataque são comparsas das Farc, afirma Uribe

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, afirmou nesta quarta-feira (16) que os quatro estudantes mortos em ataque a um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) eram cúmplices do grupo. Segundo Uribe, não é preciso empunhar uma arma para estar com as Farc. Uribe disse existir um vídeo que mostra os mexicanos no acampamento em um clima de familiaridade, "próprio dos comparsas do terrorismo".

O colombiano concedeu entrevista à Televisa, de Cancún, onde participa do Fórum Econômico Mundial sobre a América Latina. Para Uribe, a mexicana sobrevivente, Lucía Morett, deve ser julgada para que se esclareça o que ela fazia no acampamento. "Que faziam? Não estavam em um trabalho humanitário, não estavam como reféns. Então como poderiam estar, eram cúmplices dessa atividade, eram atores do terrorismo", acusou Uribe.

No dia 1.º de março, o Exército colombiano realizou uma incursão no território do Equador para atacar um acampamento das Farc. Na operação, foi morto o número dois do grupo, Raúl Reyes, e mais de 20 outras pessoas.

Entre os mortos estavam os mexicanos Juan González, Fernando Franco, Verónica Natalia Velázquez e Soren Ulises Avilés. Três mulheres sobreviveram, entre elas a mexicana Lucía Morett.

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