A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, rejeitou os pedidos para ter uma reunião com o candidato do Partido Socialista (PS) à presidência da França, François Hollande, disse nesta segunda-feira a secretária do PS francês, Martine Aubry. Hollande lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais que acontecerão em 22 de abril. Se nenhum candidato obtiver 50% dos sufrágios mais um voto, haverá segundo turno em 6 de maio.

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Hollande “pediu para se reunir com Merkel por uma questão de cortesia. Ela disse que não queria. Ele replicou que deixou isso anotado”, disse Aubry em entrevista à televisão francesa. Hollande disse que, se eleito em maio, renegociará com líderes europeus o tratado acertado por eles em dezembro, o qual fixa critérios estritos para equilibrar as finanças públicas e os orçamentos dos países.

O tratado, cujas bases foram em grande parte montadas por Merkel e pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, fixa regras estritas para equilibrar os orçamentos, mas não aborda o problema de impulsionar o crescimento, um ponto que Hollande afirma ser crucial para a economia.

Alguns líderes europeus, temerosos de que a promessa de Hollande coloque em perigo o delicado processo de ratificação do tratado, teriam feito um acordo para manter suas portas fechadas ao candidato socialista, informou a revista alemã Der Spiegel no final de semana passado. A revista afirmou que Merkel montou o pacto com os primeiros-ministros da Itália, Mario Monti, da Espanha, Mariano Rajoy, e da Grã-Bretanha, David Cameron.

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Merkel, que já declarou apoio a Sarkozy nas eleições, planejava aparecer ao lado do presidente, que tentará se reeleger em abril. Mas teve que deixar de lado os planos por enquanto, após a esquerda francesa criticar que o mandatário precisaria do apoio da Alemanha para vencer as eleições. Com medo de que as notícias levem o eleitorado francês a apoiar Hollande, o ministro das Finanças, François Baroin, negou nesta segunda-feira a existência de uma frente contra Hollande na Europa. “Eu não imagino que exista um eixo de chefes de Estado contra Hollande, que é completamente desconhecido na cena europeia e internacional”, disse Baroin.

Enquanto isso, a liderança de Hollande sobre Sarkozy nas pesquisas voltou a se ampliar. Uma pesquisa do instituto Ifop, publicada semana passada, mostrou que 29% dos eleitores potenciais escolheriam Hollande se as eleições fossem hoje, enquanto 25,5% votariam em Sarkozy. Hollande ganhou 1,5 ponto porcentual e Sarkozy perdeu 1 ponto, em comparação à pesquisa Ifop publicada em 24 de fevereiro.

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As informações são da Dow Jones.