Merkel e Davutoglu buscam soluções para a crise imigratória na Europa

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, prometeram continuar o trabalho conjunto para resolver a crise imigratória da Europa – não apenas para conter o fluxo de pessoas, mas também para melhorar as condições dos acampamentos na Turquia, bem como tentar estabelecer um acordo de paz na Síria.

A Alemanha viu um número recorde de 1,1 milhão de pessoas que solicitam asilo entrarem por suas fronteiras no ano passado, a maioria de origem síria, iraquiana e afegã.

Enquanto isso, a Turquia recebeu o maior número de refugiados no planeta, incluindo mais de 2,2 milhões da vizinha Síria, e tem sofrido para manter-se com o dilúvio.

“A crise dos refugiados não é a crise de Alemanha, não é a crise da Europa, tampouco da Turquia”, disse Davutoglu, em uma conferência de imprensa ao lado de Merkel. “É uma crise que nasceu da crise síria. Se nós cooperarmos, poderemos manter essa crise sob controle. Se empurrarmos os problemas uns para os outros, resolver essa questão será mais complicado”, completou.

A guerra civil da Síria, que já dura cinco anos e deixou cerca de 250 mil mortos, deslocou metade da população, abrindo caminho para que o grupo jihadista Estado Islâmico tomasse um terço do território do país. As negociações de paz – planejadas para a próxima semana, em Genebra – pretendem dar início a um processo político para encerrar o conflito.

“Estou profundamente convencida de que a questão da imigração ilegal na Europa só pode ser resolvida quando trabalharmos juntos para resolver a causa do fluxo”, disse Merkel.

A líder alemã tem se recusado a colocar um limite no número de imigrantes permitidos em seu país, mas está enfrentando uma crescente demanda doméstica e se focou em trabalhar com a Turquia para desacelerar o fluxo de pessoas que chegam à Europa.

Ela também pediu para que os membros da União Europeia cumpram a promessa de doar 3 bilhões de euros (US$ 3,3 bilhões) à Turquia para melhorar as condições de cerca de 3 milhões de refugiados morando lá.

Merkel também disse que mais precisa ser feito para combater as redes de contrabando que levam os refugiados para a Europa, e fornecer educação e cuidados de saúde para os imigrantes na Turquia e outros vizinhos da Síria. Fonte: Associated Press.

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