O Mercosul e a União Européia (UE) estão "muito comprometidos" em estruturar um acordo de livre comércio, o que poderia ocorrer no segundo semestre de 2008, uma vez definidos os principais aspectos da Rodada de Doha, afirmou à ANSA o representante permanente do Brasil no Mercosul, Regis Arslanian.
O diplomata considerou que a negociação "é muito importante para as duas uniões aduaneiras", ainda que seja um processo "difícil" que busca chegar à tarifa "zero" para os dois blocos.
Um acordo Mercosul-UE seria "o maior de livre comércio do mundo e as duas partes estão muito interessadas nisso", acrescentou o brasileiro, que dissertou hoje sobre as negociações entre ambos blocos, na sede da Associação Latino-americana de Integração (Aladi) em Montevidéu.
Finalizada a Rodada de Doha, "se tivéssemos que sentar e concluir a negociação, ela seria definida em três semanas", garantiu.
Sobre a oferta UE para o ingresso de carne do Mercosul a esse bloco com tarifa zero, uma das maiores dificuldades na negociação, Arslanian enfatizou que é de 117 mil toneladas, quando o Mercosul apresentou uma contra-proposta para chegar ao mercado europeu com 300 mil toneladas.