Os países membros do Mercosul condenaram de maneira veemente a suposta tentativa de golpe de Estado no Equador ocorrida hoje e pediram a restauração imediata da ordem constitucional no país sul-americano. Em comunicado emitido pela entidade no começo da noite, o bloco expressou “profunda preocupação com os sérios eventos que estão ocorrendo hoje no Equador”.

continua após a publicidade

“As ações representam uma clara tentativa de insubordinação constitucional por setores das forças de segurança naquele país”, disseram as autoridades do Mercosul, integrado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. O governo do presidente equatoriano Rafael Correa declarou estado de emergência, que terá 5 dias de duração.

O governo mobilizou as forças armadas após integrantes da Polícia Nacional do Equador e alguns militares, aparentemente da Força Aérea, terem entrado em greve e fechado o Aeroporto Internacional de Quito em protesto contra um corte nos benefícios pagos a policiais e militares. Correa, que inalou gás lacrimogêneo enquanto tentava discursar a policiais amotinados, foi levado a um hospital militar, onde está cercado por manifestantes.

“Os Estados membros do Mercosul condenam veementemente qualquer tipo de ataque contra as autoridades civis legitimamente constituídas e contra a ordem democrática e constitucional do Equador”, disse o comunicado do Mercosul. “Reiterando os termos do Protocolo de Ushuaia, de compromisso à democracia, do qual o Equador faz parte, pedimos a volta imediata à normalidade constitucional no Equador.”

continua após a publicidade

O Mercosul também estendeu seu apoio ao presidente equatoriano. “Nós expressamos apoio e solidariedade firmes ao presidente Rafael Correa Delgado e a confiança de que ele possa imediatamente retomar a normalidade das suas funções”, afirmou o bloco.

O comunicado do Mercosul endossa adicionalmente um chamado do presidente da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), cujo secretário-geral, o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, pediu uma reunião de urgência para discutir a crise equatoriana. As informações são da Dow Jones.

continua após a publicidade