A polícia de Mumbai acredita que um planejador do grupo terrorista Lashkar-e-Taiba, no Paquistão, foi o mentor dos ataques desfechados na semana passada contra a cidade. O mentor seria um dos líderes da organização e ficou em contato por dois dias, através de um telefone celular via satélite, com os 10 terroristas antes deles desembarcarem em Mumbai e iniciarem as matanças. As informações são do The Wall Street Journal.
Um oficial graduado da polícia indiana disse que os nomes e os números de telefones de cinco integrantes da liderança do grupo paquistanês estavam em um telefone celular via satélite. O aparelho foi abandonado antes dos terroristas chegarem a Mumbai. As gravações no telefone mostram que chamadas foram feitas do aparelho para os cinco homens.
Entre eles está Yusuf Muzammil, chefe de operações terroristas do Lashkar-e-Taiba contra a Índia. Segundo os policiais indianos, Muzammil foi apontado como o mentor dos ataques pelo único terrorista sobrevivente capturado, Ajmal Kasab, ou Qasab. O oficial da polícia disse que dois vices de Muzammil na organização ajudaram a orquestrar a operação, de acordo com o testemunho de Kasab.
Um oficial paquistanês graduado confirmou que a Índia disse ao Paquistão que o ataque foi planejado por Muzammil. O nome de Muzammil aparece em uma lista de 20 pessoas, dada pela Índia ao Paquistão. A Índia demanda ao governo paquistanês que detenha e entregue as 20 pessoas da lista.
A Índia também disse ao Paquistão que os atentados foram aprovados por Hafiz Mohammed Saeed, o chefe do Jamaat ud Dawa, a organização mãe do Lashkar-e-Taiba. Saeed negou que seu grupo tenha se envolvido nos ataques de Mumbai. “A Índia sempre me acusou sem nenhuma prova”, disse Saeed em entrevista à GEO News, um canal privado de televisão do Paquistão.
Os ataques a Mumbai, centro financeiro da Índia, que tiveram como alvo três hotéis de luxo, um centro judaico, uma estação ferroviária e outros locais, como um café freqüentado por ocidentais, deixaram pelo menos 172 mortos.