Um menino de apenas cinco anos de idade é apontado por médicos como o possível “paciente zero” no México do surto de gripe suína que já teria provocado a morte de mais de 150 pessoas no país, entre casos confirmados e suspeitos. Edgar Hernandez é descrito em relatos divulgados pela mídia como um menino brincalhão de sorriso largo. Mas sua mãe, Maria del Carmen Hernandez, tem medo da notoriedade que seu filho possa ganhar caso seja realmente o “paciente zero”.

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“Não tenho palavras. Não tenho respostas”, disse ela chorando diante de uma imagem de Jesus Cristo em sua sala de estar, escreveu o jornal “The Washington Post”. “Eu me sinto muito mal com isso, pois as pessoas vão pensar que foi culpa do meu filho. E eu não acho que tenha sido culpa de alguém”, prosseguiu a mãe, segundo relato do jornal. Ainda não há uma resposta definitiva. Egdar mora em La Gloria, no Estado mexicano de Veracruz. Boa parte dos cerca de 3.000 habitantes do povoado ficou doente entre o fim de março e o início de abril.

Edgar teve febre alta e queixou-se de dores de cabeça e em outras partes do corpo, mas recuperou-se, escreveu por sua vez o jornal “The Wall Street Journal”. Quando médicos do Centro de Controle de Doenças coletaram amostras das pessoas infectadas em La Gloria, todas deram resultado negativo, à exceção de uma: a do pequeno Edgar. A criança aparentemente desenvolveu os sintomas de gripe depois da maior parte dos moradores de La Gloria, escreve o “Post”. Seus familiares não foram infectados, nem mesmo os que moram debaixo do mesmo teto que ele.

Califórnia

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O mais intrigante, no entanto, é o fato de os primeiros sintomas da doença no menino terem vindo à tona depois que duas pessoas nos Estados Unidos já haviam sido infectadas. É possível que a doença tenha começado na Califórnia e sido levada por alguém ao México para depois espalhar-se pelo mundo. Também há indícios de que a doença tenha origem eurasiática, prossegue o “The Washington Post”. Enquanto não se chega a uma conclusão sobre a origem exata da doença, os habitantes de La Gloria apontam para uma imensa fazenda de criação de porcos da região.

No entanto, a empresa americana Smithfield Foods, proprietária da fazenda em conjunto com uma companhia mexicana, assegurou ao “The Wall Street Journal” que os porcos são testados frequentemente para uma série de doenças, inclusive influenza, e a variante do vírus em nenhum momento foi detectada. As informações são da Dow Jones.

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