O ex-presidente da Argentina, Carlos Menem, foi inocentado nesta terça-feira por um tribunal em Buenos Aires da acusação de que traficou armas para a Croácia e o Equador na década de 1990. A promotoria havia pedido uma sentença de até oito anos de prisão para o ex-presidente, atualmente com 81 anos. Entre 1991 e 1995, Menem assinou três decretos permitindo a venda de armas para a Venezuela e o Panamá. Mas os armamentos argentinos foram enviados à Croácia e ao Equador, que na época enfrentavam conflitos e sobre os quais existiam embargos de armas das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos (OEA).

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Menem governou a Argentina entre 1989 e 1999. O ex-mandatário, atualmente senador pela província de La Rioja, proclamou sua inocência há 15 dias ante os juízes e argumentou que “minha atuação como presidente foi apenas assinar os decretos de exportação das armas ao Panamá e à Venezuela. A partir desse ponto, o presidente não era responsável pelos trâmites. Ele não podia ir às alfândegas e observar qual era o destino final das armas”.

Em 2001, Menem chegou a ficar seis meses detido pelas acusações, mas na época era acusado de “associação ilícita” e não de tráfico. Uma decisão da Suprema Corte permitiu que ele fosse libertado. Entre os outros absolvidos hoje estão o ex-cunhado e ex-assessor presidencial de Menem, Emir Yoma; o ex-ministro da Defesa da Argentina, Oscar Camillón; e o ex-comandante da Força Aérea Argentina, Juan Paulik.

AS informações são da Associated Press.

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