Um proeminente membro do conselho presidencial da Líbia, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), renunciou nesta segunda-feira, em um movimento que representa um grande golpe ao grupo que tenta afirmar autoridade sobre a combalida nação norte-africana.
Citando a inabilidade de conduzir o país, o anúncio de Musa al-Koni marcou a primeira renúncia de um dos nove membros do conselho, formado no começo de 2016.
“Nós falhamos em resolver a crise política”, disse al-Koni em uma coletiva de imprensa na capital líbia, Trípoli. “Falhamos em resolver os problemas do cotidiano dos cidadãos e os problemas aumentaram desde que entramos no país”.
Al-Koni, um ex-primeiro ministro do sul da Líbia, deixa o conselho em meio a um conflito interno no país, mesmo que facções tenham conseguido expulsar a maioria dos militantes do Estado islâmico do país.
Na semana passada, o ex-chefe do conselho presidencial, Fathi Al-Mijabri, emitiu um decreto para nomear um dos seus leais apoiadores para a chefia dos serviços de inteligência, provocando a ira dos outros membros, que disseram que esse movimento era ilegal.
As rusgas vêm na esteira da aprovação de um Orçamento anual de US$ 26 bilhões pelo banco central.
O conselho presidencial foi criado em uma tentativa de estabelecer um governo de unidade e encerrar o caos observado na Líbia desde que a queda e o assassinado do líder Moammar Gadhafi, em 2011. Em vez disso, a Líbia permanece dividida entre leste e oeste, sem governo efetivo. Fonte: Associated Press.