Médica é condenada na China por venda de bebês

Um médica chinesa foi condenada por tráfico de bebês e sentenciada à morte, com suspensão condicional da pena (sursis) de dois anos, depois de admitir que roubava recém-nascidos no hospital em que trabalhava e os vendia a traficantes. A obstetra Zhang Shuxia dizia aos pais que seus recém-nascidos tinham problemas congênitos e os persuadia a abandoná-los, segundo o Tribunal Intermediário de Weinan, em Shaanxi.

Na China, sentenças de morte com suspensão condicional geralmente são comutadas para prisão perpétua após dois anos.

O caso expôs a existência de uma rede de tráfico de bebês que atuava em várias províncias, centralizada em Zhang. Segundo postagens online do tribunal, ela vendia os bebês para traficantes que os revendia por preços mais altos. Em julho, por exemplo, Zhang recebeu 21.600 yuan (US$ 3.600) ao entregar um menino para um traficante, que o revendeu por 59.800 yuan (US$ 9.900) para o casal da província central de Henan.

No total, Zhang vendeu sete bebês para intermediários que os revenderam nas regiões central e leste da China entre novembro de 2011 e julho de 2013, disse o tribunal. Seis dos bebês foram devolvidos ou resgatados pela polícia mas um, que foi voluntariamente abandonado pelos pais e vendido por 1.000 yuan (US$ 165) em abril, acabou morrendo.

Zhang trabalhava no condado de Fuping, província de Shaanxi, noroeste do país.

Segundo a agência de notícias Xinhua, em julho de 2013 uma mãe, cujo sobrenome é Dong, suspeitou que seu bebê havia sido sequestrado e relatou o incidente à polícia. A criança foi posteriormente encontrada, em bom estado de saúde, na vizinha província de Henan, em 5 de agosto. Zhang foi detida naquele mesmo mês e foi julgada em 30 de dezembro.

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