O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, disse nesta quarta-feira (2), que começou a "reunir uma lista de nomes" para escolher seu candidato à vice. O senador disse que espera anunciar o nome escolhido antes da convenção do Partido Republicano, no início de setembro.

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Em entrevista a uma radio, McCain, de 71 anos, disse em tom de brincadeira: "Quero resolver isso o quanto antes. Estou ciente da importância da questão, por causa da minha idade."

McCain conseguiu garantir a indicação republicana um mês atrás. Ele afirmou que a busca por um vice pode levar semanas, ou mesmo meses.

Ele disse que espera resolver isso logo, para evitar problemas quando tornar público o nome. McCain lembrou da escolha do senador Dan Quayle para vice de George H. W. Bush, em 1988. "Quayle não estava preparado para algumas das questões" com que deveria lidar, lembrou. McCain fez questão de afirmar, porém, que não culpava Quayle por esse fato.

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McCain não deu nenhuma pista sobre sua escolha. Freqüentemente, porém, ele se refere de forma elogiosa a algum de seus ex-concorrentes pela indicação republicana. Particularmente ao ex-governador do Arkansas Mike Huckabee e ao ex-governador de Massachusetts Mitt Romney. Entre as possíveis opções estão vários governadores: o de Minnesota, Tim Pawlenty; o da Flórida, Charlie Crist; o do Mississippi, Haley Barbour; o da Carolina do Sul, Mark Sanford; e o de Utah, Jon Huntsman Jr.

É possível também que McCain opte por uma saída menos tradicional. Nesse caso, o escolhido pode ser algum homem de negócios. Por exemplo, ele tem em alta conta o presidente da FedEx, Frederick Smith. Outro nome cotado é Rob Portman, de Ohio, ex-congressista que foi um dos responsáveis pelo orçamento do presidente George W. Bush.

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Nesta quarta-feira (2), McCain participou de uma visita à Academia Naval dos EUA, em Maryland, onde se formou, na juventude, antes de ser enviado como piloto à guerra do Vietnã (1959-75). Durante o conflito, seu avião foi abatido e ele passou cinco anos e meio como prisioneiro.

Nesta semana, o candidato republicano visita locais importantes de sua vida, num recurso para consolidar seu nome e chamar a atenção da imprensa, atualmente focada na acirrada disputa pela indicação democrata entre Barack Obama e Hillary Clinton.

Questionado pelo radialista sobre o que seu pai e seu avô (ambos chegaram a almirantes) pensariam sobre sua passagem pela Academia Naval, McCain disse que isso não teria importância – ele não foi um bom aluno. "Nenhum deles mereceu qualquer honraria especial ao fim da sua graduação", contou.