O Brasil tem “papel de liderança a desempenhar na América Latina”, em meio a “tendências perturbadoras” como o “socialismo antiamericano” da Venezuela e a ação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Essa é a opinião do candidato republicano à Casa Branca, John McCain, que afirma que se vencer as eleições, apoiará o aumento da participação do Brasil em instituições internacionais, “incluindo o G-8 e uma potencial Liga das Democracias”, mas não se compromete a apoiar a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.
O republicano ressaltou a possibilidade de uma parceria com os Estados Unidos. “(O Brasil é um país) comprometido com valores que nós compartilhamos, incluindo respeito aos direitos humanos, expansão da liberdade, desenvolvimento econômico e engajamento internacional respeitando as regras. Esse é o tipo de liderança que a América deveria acolher no hemisfério”, disse.
“Existem tendências perturbadoras na região, como o socialismo antiamericano de Hugo Chávez e as sucessivas tentativas das Farc de solapar a segurança e a democracia na Colômbia. Diante dessas tendências, o Brasil representa algo totalmente diferente – um país bem sucedido, com um futuro brilhante”, disse McCain.
A “Liga das Democracias” seria uma aliança entre grandes democracias para se contrapor a regimes autoritários como China e Rússia. Diferentemente dos democratas, ele enfatiza a importância da liberalização do comércio na região: “Trabalharei duro para derrubar as barreiras ao comércio e investimento”. McCain já disse antes que quer acabar com a tarifa de importação sobre o etanol e eliminar o subsídio ao etanol de milho americano. O democrata Barack Obama defende a cooperação energética com o Brasil, mas não quer acabar com a tarifa, nem com o subsídio.