Os candidatos à Casa Branca se esforçaram, no debate desta noite, para evidenciar as diferenças que os separam e distanciam seus planos de governo. Durante o terceiro e último debate antes das eleições presidenciais nos EUA, o republicano John McCain desferiu uma série de ataques contra o democrata e trouxe à tona as ligações de Barack Obama com Bill Ayers, radical dos anos 1960. O ponto de consenso entre os candidatos, entretanto, apareceu quanto ao plano de resgate do Tesouro: ambos acusaram que o plano não foi desenhado para o americano médio, o trabalhador da classe média, e sim para os mais ricos.

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McCain tentou se distanciar do presidente George W. Bush, ambos republicanos, e até mesmo se declarou “despontado” com o secretário do Tesouro, Henry Paulson. O senador pelo Arizona emendou que a “América precisa de nova direção” e os americanos não podem estar “satisfeitos com (os últimos) 8 anos”. “São tempos muito difíceis para os EUA e de desafio”, reconheceu. “Tenho histórico de reforma no meu partido”, afirmou. Ao longo do debate, McCain citou ainda era favorável ao etanol de cana-de-açúcar do Brasil, indicando que o democrata era a favor dos subsídios sobre o biocombustível, e que elevam a inflação.

Obama, citando que os EUA estão na “pior crise desde a Grande Depressão”, afirmou que “o maior erro é adotar as mesmas políticas falidas dos últimos 8 anos e esperar resultados diferentes”. “Não vai ser fácil nem rápido”, acrescentou. Obama ponderou que os dois candidatos querem cortar impostos, mas rebateu que o republicano quer dar mais alivio tributário para as grandes corporações do país. “Eu vou cortar imposto para 95% dos trabalhadores”, prometeu.

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