O senador John McCain anunciou que vai apoiar Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, apesar das dúvidas sobre a candidatura do empresário. Ele cumpre sua promessa dar suporte ao candidato presidencial do Partido Republicano, e fez um apelo a outros líderes do partido a fazer o mesmo.

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“Você tem que ouvir as pessoas que escolheram o candidato do nosso partido Republicano”, disse McCain neste domingo, em um programa do canal CNN. “Eu acho que seria tolice ignorá-los.”

Paul Ryan, presidente da Câmara dos Deputados, e outros líderes do Partido Republicano dizem que não estão preparados ou não querem apoiar Trump, devido a preocupações com os princípios e o temperamento do candidato.

Mas o senador pelo Arizona e candidato presidencial na eleição de 2008 disse que a liderança republicana deve prestar atenção para os blocos que deram origem à candidatura de Trump e de Bernie Sanders, um independente de longa data que concorre com Hillary Clinton nas primárias do Partido Democrata.

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“Você tem que tirar a conclusão de que existe uma certa distância, ou até uma desconexão, entre a liderança do partido, os membros do Congresso, e muitos dos eleitores que escolheram Donald Trump para ser o candidato do partido”, disse McCain.

O senador acredita que Trump pode ser um “líder capaz”, mas advertiu que ele vai precisar trabalhar para unificar o partido. “Eu acho que é óbvio que tem de haver uma iniciativa de diálogo por parte dele, para curar muitas das feridas”, disse McCain.

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Referindo-se ao estilo de campanha de Trump, McCain disse: “Eu nunca vi a personalização de uma campanha como esta, em que a integridade e o caráter das pessoas são questionados. Isso me incomoda muito”.

Mesmo declarando apoio ao candidato, McCain disse que dividir palanque com Trump é algo improvável. Os dois tiveram divergências no ano passado, quando o empresário de Nova York questionou o status de McCain como um herói de guerra. “Ele é um herói de guerra, porque ele foi capturado. Eu gosto de pessoas que não foram capturados”, disse Trump.

McCain, que serviu como um piloto no Vietnã e passou cinco anos como prisioneiro de guerra no país, disse que não queria um pedido de desculpas, mas que os veteranos de guerra merecem um reparo. “O que ele disse sobre mim, John McCain, tudo bem”, disse o senador. “Eu não preciso de qualquer reparação sobre isso. Mas quando ele disse que não gosta de pessoas que foram capturados, então há um grande corpo de heróis americanos que eu gostaria que recebessem desculpas dele”. Fonte: Dow Jones Newswires.