A Marinha da Índia anunciou a captura de 23 piratas que ameaçavam um navio mercante no Golfo de Aden, perto da costa da Somália, onde dezenas de embarcações foram atacadas nos últimos meses.
Segundo a Marinha indiana, o INS Mysore estava escoltando navios mercantes no Golfo de Áden quando recebeu um pedido de socorro transmitido por tripulantes do MV Gibe, de bandeira etíope. A mensagem dizia que piratas em duas embarcações estavam disparando contra o MV Gibe. Os piratas tentaram fugir ao ver o INS Mysore e seu helicóptero, mas seus barcos foram abordados por fuzileiros navais indianos.
De acordo com o comunicado da Marinha indiana, os piratas tinham “um arsenal substancial de armas e equipamento, incluindo sete fuzis de assalto AK-47, três metralhadoras, um lançador de granadas e outras armas”. Os piratas capturados são da Somália e do Iêmen.
No mês passado, a Marinha da Índia foi criticada por ter afundado uma traineira de pesca tailandesa que havia sido seqüestrada por piratas. Pelo menos um tripulante tailandês foi morto no ataque. A Marinha da Índia reagiu às críticas afirmando que seu navio havia reagido a disparos feitos a partir da embarcação seqüestrada.
Estima-se que cerca de 1.500 piratas atuem na região a partir da Somália, um país que está em guerra civil e está efetivamente sem governo.
Na próxima semana, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, deverá apresentar ao Conselho de segurança da ONU um projeto de resolução que autoriza “todas as medidas necessárias” contra os piratas baseados na Somália. Mas, na sexta-feira, o comandante da 5ª Frota da Marinha norte-americana, vice-almirante Bill Gortney, disse a jornalistas que atacar as bases dos piratas em terra poderá ser arriscado, já que é difícil identificar os criminosos e o potencial de causar mortes entre civis inocentes “não pode ser superestimado”.