Acampamentos de manifestantes em Bangcoc, na Tailândia, foram atacados nesta quarta-feira (26). A ação aumentou ainda mais a tensão na capital tailandesa.
“Não sabemos quem é o autor dos disparos, mas o objetivo é intimidar”, afirmou o porta-voz da polícia, Anucha Romyanan. A violência está relacionada à crise política e perdura por quatro meses. Segundo informações oficiais, 22 pessoas já morreram na capital tailandesa.
As autoridades, preocupadas com essa crise, alertaram que o país está à beira da guerra civil. O diretor do serviço de inteligência, Tarit Pendith, advertiu que o aumento da violência política poderia resultar em uma “guerra civil”.
As declarações coincidem com os temores do comandante do exército, Prayut Chan-O-Cha, que na segunda-feira afirmou temer o “afundamento” do país. “Os militares farão tudo pelo país e pelo povo, não por uma das partes em conflito”, afirmou.
A Tailândia enfrenta a crise mais grave desde 2010, quando o exército reprimiu o movimento dos “camisas vermelhas”, leais ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão da atual chefe de Governo, o que provocou 90 mortes.