Milhares de pessoas saíram às ruas da cidade de Hermel, no Líbano, onde queimaram e pisotearam bandeiras americanas e israelenses na quinta passeata convocada pelo grupo xiita Hezbollah contra o vídeo do profeta Maomé, neste domingo.
“Morte a Israel e aos Estados Unidos” ou “Vida para Maomé, morrer pelo islã” foram alguns dos slogans dos manifestantes, que carregavam cartazes com palavras de defesa ao profeta, segundo imagens divulgadas pela rede de televisão “Al-Manar”, porta-voz do Hezbollah.
Alguns sacerdotes cristãos marcharam junto a xeques xiitas para apoiar o protesto, que foi liderado pelos “escoteiros” do imame Al Mahdi, como é conhecido o grupo juvenil de exploradores do Hezbollah.
Muitos dos presentes levavam bandeiras libanesas e do grupo xiita, assim como fotografias do líder da organização, o xeque Hassan Nasrallah, e do imame Moussa Sadr, chefe espiritual da comunidade xiita do Líbano, desaparecido na Líbia em 1978.
O responsável do Hezbollah em Hermel, Mohammed Yaghi, explicou que o protesto é para declarar lealdade ao profeta e denunciou que existe “uma malévola campanha sionista que tem por objeto provocar conflitos entre muçulmanos e cristãos”.
“Os israelenses não alcançarão seus objetivos, seus planos falharam e não alcançarão meta alguma”, acrescentou.
As manifestações no Líbano contra o vídeo produzido nos EUA e considerado blasfemo pelos muçulmanos, começaram há pouco mais de uma semana na cidade de Trípoli, onde foram registraram distúrbios que deixaram um morto e vários feridos.
Na segunda-feira, Nasrallah protagonizou uma incomum aparição em público durante um protesto realizado em Beirute, que foi seguido por outras manifestações em diferentes regiões libanesas.