Os protestos seguem em Hong Kong neste domingo, com manifestantes pisoteando uma bandeira da China e depredando uma estação de metrô, com demonstrações do movimento pró-democracia novamente tomando um rumo mais violento.
A ação do dia começou pacificamente, com os manifestantes se concentrando em um shopping no distrito de Shatin, munidos de ‘origamis’ de papel. Alguns manifestantes colocaram a bandeira chinesa no chão e então começaram a pisoteá-la antes de jogá-la em uma caçamba de lixo do lado de fora do shopping, que depois foi empurrada para dentro de um rio próximo.
Mais tarde, um grupo seguiu para a estação de metrô de Shatin, que é ligada ao shopping. Eles destruíram câmeras de vigilância do local e usaram martelos para quebrar os sensores que liberam a entrada de passageiros, além de pichar e quebrar as telas das máquinas automáticas que vendem passagens, usando guarda-chuvas para proteger suas identidades.
A polícia chegou ao local logo após o ataque e manteve vigilância na estação após fechá-la, bloqueando a entrada com uma grade de metal. Em resposta, os manifestantes levantaram uma barricada na rua próxima ao shopping, empilhando o que parecia ser folhas de palmeira, que foram incendiadas na sequência.
A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo enquanto tentava avançar contra o grupo de manifestantes, que recuaram se abrigando atrás de um paredão formado por guarda-chuvas.
Os protestos pró-democracia em Hong Kong, que entram no quarto mês e começaram com a oposição a um projeto de lei de extradição, com frequência tem terminado em violência. Um grupo de manifestantes mais radical diz que ações extremas são necessárias para atrair a atenção do governo. Na noite de sábado, a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, que jogaram bombas de gasolina contra a força policial, espalhando fogo pelas ruas.