Manifestação estudantil reúne multidão no Chile

Dezenas de milhares de estudantes voltaram a tomar as ruas de Santiago nesta quinta-feira em protesto por mais subsídios para a educação pública no Chile. Quando a multidão chegou ao palácio presidencial, a polícia chilena atacou com gás lacrimogêneo e jatos de água.

Os manifestantes responderam arremessando paus e pedras, mas acabaram se dispersando. Pelo menos 86 pessoas ficaram feridas na repressão, sendo 54 manifestantes e 32 policiais, informaram autoridades locais.

A organização do protesto afirmou que até 100 mil estudantes, professores e pais acompanhados de seus filhos participaram do ato. Mas, segundo o governo, 30 mil manifestantes integraram a marcha. Nos dias 14 e 30 de junho, atos semelhantes juntaram cerca de 80 mil pessoas.

Para justificar o ataque à manifestação, as autoridades alegaram que o trajeto aprovado para a marcha era outro. Os organizadores reclamaram que uma mudança de última hora foi imposta e não houve tempo para determinar um novo percurso.

“Convocamos (a manifestação) há vários dias. Não entendemos por que trataram de mudar o ponto de encontro marcado antecipadamente”, afirmou o líder estudantil Giorgio Jackson, alegando que não haveria tempo hábil para a mudança.

Segundo as autoridades, um policial ficou ferido ao ser atingido por um coquetel molotov. “Eles (os estudantes) estão brincando com fogo. Essa marcha não estava autorizada. Vimos nos dirigentes (do protesto) uma posição bastante intransigente. Os estudantes têm de compreender que a rua não é só deles”, declarou o subsecretário do Interior chileno, Rodrigo Ubilla. Protestos semelhantes ocorreram hoje em outras seis cidades do Chile. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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